Metalúrgicos voltam a protestar por reajuste salarial em Aracruz
Trabalhadores membros do Sindicato de Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal-ES) voltaram a protestar por reajuste salarial nesta quinta-feira (23) em frente a portarias das principais empresas do Espírito Santo, localizadas na Serra, Aracruz e Anchieta.
Desde o inicio do mês, o Sindimetal tem organizado assembleias com os trabalhadores em frente a portaria da Vale e ArcelorMittal em Carapina, Serra.
Os trabalhadores querem, além da reposição salarial de 100% da inflação do período (INPC), acompanhada de um acréscimo de 5% de ganho real; auxílio-alimentação de R$ 850,00 mensais; a eliminação do sistema de banco de horas; o auxílio-creche para homens e mulheres; e a criação de um auxílio destinado aos dependentes PCD, entre outros.
De acordo com o sindicato, a segunda proposta da ArcelorMittal Tubarão para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) teve avanços mínimos em relação à primeira, resultando, mais uma vez, em uma recusa significativa por parte dos metalúrgicos. “A proposta teve rejeição de 76,4%, evidenciando o descontentamento generalizado dos trabalhadores que se sentem desvalorizados”, explica em nota.
Os trabalhadores querem que a siderúrgica compense as perdas salariais acumuladas, as quais atualmente alcançam 15%. Em contrapartida, segundo ao Sindimetais, a empresa tem apresentado bons resultados, com o aumento do lucro em 70% somente no segundo trimestre de 2023, em comparação com o primeiro período, atingindo a marca de US$ 1,860 bilhão em receitas.
O objetivo das assembleias desta quinta-feira (23) – realizadas em frente a portaria norte da Arcelor em Carpina (Serra), ao Estaleiro Jurong (Aracruz) e a portaria da Samarco (Anchieta)- é aprovar o edital de greve. “O Sindimetal-ES e a empresa voltam à mesa de negociação nos próximos dias e o Sindicato espera que, desta vez, a ArcelorMittal apresente uma proposta que atenda o pleito dos trabalhadores”.