35 anos sem Raul Seixas: O legado eterno do Pai do Rock Brasileiro
Dois dias após o lançamento de seu décimo-quinto disco, A Panela do Diabo, Raul Seixas foi encontrado morto em seu apartamento em São Paulo, por volta das 8h da manhã, no dia 21 de agosto de 1989. Hoje, 35 anos depois, celebramos a memória do “Maluco Beleza”, o pai do rock brasileiro e um dos maiores artistas da história do país.
O baiano de Salvador, nascido em 28 de junho de 1945, emplacou seu primeiro sucesso com o álbum Krig-ha, Bandolo! de 1973, que trouxe clássicos como "Mosca na Sopa" e "Metamorfose Ambulante". Porém, foi com o álbum seguinte, Gita de 1974, que Raul entrou definitivamente para o hall dos grandes nomes da música brasileira, com canções como "O Trem das 7", "Medo da Chuva" e a icônica "Sociedade Alternativa", que se tornou um hino de protesto contra a ditadura.
Em 1975, Raul continuou a emocionar o Brasil com mensagens de esperança, como no sucesso "Tente Outra Vez", do álbum Novo Aeon. Sua figura, entretanto, sempre foi controversa. Enquanto muitos o viam como um mensageiro de paz, outros suspeitavam que Raul tivesse contatos com forças sobrenaturais, uma fama que se espalhou após o lançamento de "Rock do Diabo", também do Novo Aeon.
A consagração definitiva de Raul no cenário musical brasileiro veio em 1976, com o álbum Há 10 Mil Anos Atrás, que apresentou ao público músicas como "Meu Amigo Pedro" e a faixa-título, consolidando-se como um dos maiores clássicos do país.
Após lançar um álbum de covers de clássicos do rock, Raul voltou a compor músicas autorais em 1977, no álbum O Dia Em Que a Terra Parou, que, além da faixa-título, trouxe um dos maiores sucessos de sua carreira, "Maluco Beleza", apelido que o acompanharia para sempre.
Raul Seixas seguiu em ascensão até 1989, quando, após o lançamento de A Panela do Diabo, que incluiu sucessos como "Pastor João e a Igreja Invisível" e "Carpinteiro do Universo", ele nos deixou. Seu legado é imortal: 17 discos lançados, inúmeros sucessos e uma saudade eterna.