Ambientalistas já resgataram seis pinguins no litoral capixaba só em julho
Com o inverno no hemisfério sul, diversas espécies marinhas que vivem mais próximas da Antártida, entre aves, mamíferos e peixes, migram para águas mais quentes, na faixa entre o Trópico de Capricórnio e a Linha do Equador.
Por isso, nesta época é comum o avistamento em praias capixabas de baleias jubartes – que saem do Oceano Glacial Antártico para se reproduzir em águas mais calmas – e também de pinguins – que saem da Patagônia Argentina atrás de cardumes em migração.
Só no mês de julho, ambientalistas do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Aves Marinhas (Ipram-ES) já encontraram seis pinguins-de-Magalhães com vida em praias do Espírito Santo.
O primeiro apareceu no dia 11, na Praia da Costa, em Vila Velha. Também foram encontrados espécimes em Anchieta, Guarapari, Aracruz e Linhares (em Regência). Cinco desses animais estão em tratamento e um não resistiu.
Acontece que esses animais quando encalham nas praias já estão muito debilitados pela longa jornada.
Para explicar melhor como os pinguins-de-Magalhães chegam ao litoral do Espírito Santo, o veterinário de aves e presidente do Ipram, Luis Felipe Mayorga, escreveu o livro “A viagem do Pinguim”.
A obra é protagonizada por Pablo, um pinguim que foi resgatado por ambientalistas capixabas, que prestaram atendimento veterinário, fizeram a reabilitação e devolveram-no à natureza.
A narrativa mistura ficção com fatos reais e, outros, cotidianos – como o assédio de humanos a pinguins encalhados – para contar a história de Pablo desde seu nascimento – na Patagônia Argentina – até se juntar a um grupo de caçada e se perder durante uma perseguição a um cardume de anchovas.