Cerca de 3 mil pessoas não sabem que têm dinheiro a receber no ES
O confisco da caderneta de poupança, que marcou o chamado Plano Collor, prejudicou a vida de milhões de brasileiros, e boa parte sequer têm conhecimento de que têm valores a receber.Segundo a Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo), 140 mil pessoas sequer sabem disso.
No Estado, entre 2.800 e 3 mil não sabem que têm esse direito, segundo o economista Ricardo Paixão. Ao todo, cerca de 400 mil pessoas têm dinheiro a receber da época em que o ex-presidente Fernando Collor confiscou as cadernetas de poupança, em 1990.
Como muitos processos judiciais para reaver o dinheiro tramitam há mais de 30 anos nos tribunais de todo o País, inúmeros autores morreram no decorrer do período.
No entanto, os direitos (e o montante a receber) passam para os herdeiros e inventariantes, que podem ser desde cônjuge, filhos, pais e parentes de até 4º grau. Isso passou a ser possível porque em 2018 o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um Acordo Coletivo dos Planos Econômicos entre a Febrapo, representando os poupadores, e a Febraban, representando os bancos, com a mediação da Advocacia-Geral da União (AGU).
Como ainda restam 400 mil com trâmites na Justiça para reaver o dinheiro, o STF decidiu pela prorrogação do acordo, que vencia em dezembro de 2022, por mais 30 meses. Até junho de 2025, então, é possível resgatar os valores.
O economista Antonio Marcus Machado destacou que o ex-presidente Collor implementou o Plano Collor, que consistia no confisco das cadernetas de poupança por 18 meses. Segundo ele, esse episódio causou impactos devastadores na vida de milhões de brasileiros.
A Febrapo disponibiliza uma equipe para auxiliar a população, por meio do telefone 0800 775 5082 ou (11) 3164-7121. Ainda há o WhatsApp no número (11) 94284-4287 e o site da Febrapo (https://febrapo.org.br/).