Projeto “Identidades” vai percorrer Colatina, Baixo Guandu, João Neiva e mais 4 cidades do ES para resgatar memórias da Estrada de Ferro Vitória a Minas

Redação Jun 6, 2025

A ligação entre o trem e a cultura capixaba vai ganhar novos contornos em 2025 com a realização do projeto “Identidades: Memórias de uma Estrada de Ferro”, que percorrerá sete municípios do Espírito Santo localizados ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas. São eles: Cariacica, Serra, Fundão, Ibiraçu, João Neiva, Colatina e Baixo Guandu.

Com apoio da Vale e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a iniciativa propõe um mergulho nas manifestações culturais dessas comunidades que vivem às margens da linha férrea. O foco está em mapear, registrar e valorizar a memória coletiva, ouvindo histórias de ex-ferroviários, artistas, famílias e moradores que possuem alguma ligação com a ferrovia.

Além do resgate oral, o projeto também vai inventariar expressões culturais locais, como feiras de artesanato, pratos típicos, danças, músicas e apresentações teatrais. Ao final da jornada, será lançado um livro e uma publicação digital reunindo histórias, imagens e registros das manifestações culturais coletadas.

Outro destaque será a realização de uma mostra cultural gratuita, com feira de artesanato, comidas típicas, apresentações e rodas de conversa abertas ao público nas cidades visitadas.

“Acreditamos que cada pessoa tem uma história que merece ser contada. Ao registrar essas memórias, estamos valorizando o que há de mais vivo e verdadeiro nas comunidades: sua cultura, seus afetos, seu jeito de ser e de fazer”, destacou Diego Ribeiro, coordenador do projeto.

Participação popular é o coração do projeto

Com o lema “Onde tem gente, tem memória”, o projeto convida qualquer pessoa a contribuir. Se você tem uma lembrança, fotografia antiga ou conhece alguém com ligação com a Estrada de Ferro Vitória a Minas, pode participar enviando o material pelas redes sociais ou via WhatsApp.

A proposta também busca fortalecer a autoestima local e gerar oportunidades de renda e visibilidade para quem faz cultura nas comunidades cortadas pela ferrovia. A ideia é criar uma ponte entre passado, presente e futuro, valorizando a identidade de cada localidade.