Declarado vencedor na Venezuela, Maduro defende sistema eleitoral e pede respeito à democracia
Declarado vencedor das eleições presidenciais da Venezuela deste domingo (28), o ditador Nicolás Maduro defendeu o sistema eleitoral do país em comício de vitória em frente ao Palácio de Miraflores na madrugada desta segunda (29).
“O sistema eleitoral venezuelano tem um altíssimo nível de segurança. Houve 16 auditorias. Me digam, em que países há auditoria?” perguntou, afirmando em seguida que não citaria países dias atrás, Maduro havia mencionando o Brasil, dizendo, sem provas, que o TSE não audita as urnas eletrônicas.
Maduro foi declarado vencedor com 51,2% dos votos, enquanto o ex-diplomata Edmundo González teria obtido 44%. A participação teria sido de 59% no país em que votar não é obrigatório. Estariam apuradas 80% das urnas, mas os resultados já seriam irreversíveis.
A campanha foi marcada por perseguição política, prisão de opositores e dificuldades criadas pelo regime para que os 7,7 milhões de venezuelanos que vivem no exterior pudessem votar apenas 69 mil se registraram para participar do pleito.
“Nos Estados Unidos não há órgão eleitoral. Quando Donald Trump disse que houve fraude, nós nos metemos?”, perguntou Maduro a apoiadores no comício de vitória. “É um assunto interno. Por isso, é o que peço como presidente. Respeito à Constituição e à vida soberana da Venezuela. Respeito à vontade popular”, disse Maduro a apoiadores, em referência a questionamentos de países da região em relação ao resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, órgão controlado pelo chavismo.
A oposição contestou os resultados da eleição e acusou o regime de fraude. A líder opositora María Corina Machado disse que, de acordo com as contagens da oposição, Edmundo González foi vitorioso com 70% dos votos.