Familiares de pessoas desaparecidas podem realizar DNA gratuito no ES
Começa nesta segunda-feira (26) a Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. A ação vai até a próxima sexta-feira (30). Todos aqueles que estão à procura de entes queridos podem participar. O mutirão vai acontecer em três fases, sendo a primeira a coleta do material de DNA. No Espírito Santo são quatro pontos de recolha.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, a mobilização é uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ação é para as pessoas que desejam encontrar seus familiares e também precisam resolver casos.
A Sesp informa ainda que, para participar, é necessário levar um boletim de ocorrência com as informações. Não há tempo limite. As pessoas que desejam encontrar seus entes queridos desaparecidos a semanas ou anos, podem participar.
Esse foi o caso da Sheila Aguiar, que participou da mobilização anterior. Ela procurou a mãe por 13 anos até realizar a coleta.
“Nós tínhamos muita esperança na campanha, porque nós vimos a qualidade do material, a tecnologia. Nós vimos que era um banco de dados. Participar dessa mobilização foi a nossa resposta”, disse.
Segundo a Sesp, em 2023, 70 mil pessoas desapareceram no Brasil. Pessoas que foram para escola e não voltaram, que saíram do trabalho ou da casa de um amigo e não foram mais vistos.
Mobilização em três fases
A Mobilização tem três fases. A primeira é a que acontece de forma gratuita e indolor. Para participar, basta comparecer a um dos pontos portando documento de identificação e informações do boletim de ocorrência do desaparecimento.
O material genético será utilizado exclusivamente para a identificação de pessoas.
A secretaria destaca ainda que quem já doou, não precisa doar novamente. Além disso, quanto mais próximo for o grau de parentesco melhor e número de parentes participando da coleta, melhor.
A segunda etapa se trata de colher DNA e impressões digitais de pessoas vivas que estão em tratamentos em hospitais ou residindo em abrigos e casas de repouso.
Já a terceira fase é a de pesquisa de impressões digitais de pessoas falecidas e não identificadas.