João Neiva completa 37 anos de história

No dia 11 de maio, João Neiva, município localizado na região central do Espírito Santo, comemora 37 anos de emancipação política. Oficialmente fundada em 1988, João Neiva tem sua trajetória profundamente marcada pela colonização italiana e pelo desenvolvimento impulsionado pela ferrovia. Neste aniversário, a cidade celebra não apenas o progresso alcançado, mas também as tradições, os vilarejos encantadores e os monumentos naturais que fazem dela um destino único no estado.
A economia de João Neiva é sustentada principalmente pela agricultura familiar, pecuária e agroturismo, com destaque crescente para a produção artesanal de queijos, cafés e doces. A atual administração, liderada pelo prefeito Paulo Sérgio de Nardi, tem investido na preservação cultural, no turismo rural e na infraestrutura urbana.
A história do município remonta à segunda metade do século XIX, com a chegada de imigrantes italianos. Os primeiros núcleos coloniais — Acioli (1887), Demétrio Ribeiro (1891) e Moniz Freire (1894) — surgiram como parte de um projeto nacional de colonização do interior capixaba.
Casarão dos Violinos combina pousada e museu no interior de João Neiva. Foto: Fabrício Lima/Next Editorial
A construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas, em 1905, foi um marco fundamental, dando origem à Estação João Neiva — nome dado em homenagem ao engenheiro e deputado federal João Augusto Neiva. A partir da estação, desenvolveu-se o povoado que viria a se tornar a atual cidade.
Cultura
A rica herança cultural de João Neiva é expressa em tradições como o congo de São Benedito, os grupos de Folia de Reis, a Rota dos Queijos e o Coral Nona Saína, que mantém viva a memória da imigração italiana. Museus como o Museu Ferroviário e o Museu do Imigrante em Demétrio Ribeiro, além de igrejas centenárias e casarões históricos, são guardiões da identidade local. Eventos como a Festa do Queijo e a Agrofesta reforçam o vínculo entre cultura, gastronomia e ruralidade.
O Museu Ferroviário e Centro Cultural “Prof. Eliezer Pereira Ramos”, instalado onde antes funcionava um galpão da Vale, abriga um acervo que retrata a história da ferrovia — símbolo do desenvolvimento local. Além das visitas, o Museu também realiza diversas atividades abertas à comunidade por meio da Secretaria de Cultura, Turismo, Juventude e Esporte (Semuc), como a Batalha de MC’s e o Cineclube.
O Museu Ferroviário de João Neiva. Foto: Fabrício Lima
Turismo
João Neiva encanta também pela beleza natural. A cidade abriga atrativos como o Jequitibá Rosa — o maior do Espírito Santo, com cerca de 800 anos — e o Morro Monte Negro, de onde se tem uma vista panorâmica da região. Trilhas ecológicas e rotas históricas, como o Caminho de Santo Antônio, conectam visitantes à natureza e à memória da imigração.
A gastronomia também se mostra forte. A cidade conta com a Rota dos Queijos, que oferece uma experiência única para quem busca combinar turismo, gastronomia e cultura. Localizada em 19 pontos estratégicos da cidade e ao longo das rodovias BR-101 e BR-259, essa iniciativa é um convite para explorar os sabores e histórias da região, valorizando os produtos locais e a tradição artesanal.
A Rota do Queijo fica entre o distrito de Cavalinho e o trevo de João Neiva e Colatina, às margens da BR-259 – Foto: Divulgação
As cachoeiras são outro destaque: o Poção, com seus poços naturais, a Cachoeira do Paraíso, cercada de mata atlântica, e a Cachoeira dos Monfardini, considerada uma das mais belas da região turística dos Imigrantes. A Gruta dos Morcegos e a Cachoeira de Cavalinho completam a paisagem exuberante, ideal para quem busca aventura, contato com a natureza e momentos de contemplação.
Com 47 metros de altura, Jequitibá rosa se destaca em meio à mata, em João Neiva – Foto: Divulgação/ PMJN
Neste mês de maio, João Neiva comemora sua emancipação, mantendo viva a memória dos imigrantes, celebrando a cultura italiana e investindo em um futuro sustentável.