Mesmo em noite de erros, Argentina elimina Equador e segue rumo ao bicampeonato da Copa América
Depois que venceu a última Copa América e quebrou um jejum de títulos de quase três décadas, a Argentina entrou em uma espiral de sucesso que parece muito natural e capaz de seguir consagrando seus heróis por algum tempo.
Mesmo em atuações bem decepcionantes, até mesmo quando Lionel Messi se mostra humano e falha na marca da cal. Mirando o bicampeonato continental, nos Estados Unidos, a equipe precisou dos pênaltis para eliminar o Equador após um empate por 1 a 1, na abertura das quartas de final. Mas o fez, contando com o brilho de Emiliano "Dibu" Martínez, que pegou duas cobranças, e segue favorita.
Para ser justo, os equatorianos tiveram uma atuação à altura do adversário que tinham pela frente. Poderiam ter vencido no tempo normal, fosse pelo pênalti desperdiçado pelo seu craque, Enner Valencia, ou pela enxurrada de gols perdidos no final.
Não dá para errar desse jeito diante da chance de uma vitória histórica. A Argentina sobreviveu em meio a atuação apagada, mas suficiente para chegar à loteria das penalidades, onde o goleiro Martínez costuma se tornar outro jogador.
No primeiro tempo, a Argentina abriu o placar em jogada ensaiada de escanteio, na qual Lisandro Martínez completou um desvio de Alexis Mac Allister na primeira trave.
Era aquele momento no qual parecia que a vitória viria de qualquer jeito. Só que havia um Equador disposto a batalhar do outro lado. Nos acréscimos do segundo tempo, Kevin Rodríguez fez justiça ao jogo que poderia ter terminado em pés equatorianos.
Os pênaltis só tiveram um gosto de surpresa no começo. Abrindo as cobranças, Messi bateu de cavadinha e acertou o travessão. Quem diria? Mas Dibu estava preparado, pegou as duas cobranças seguintes, de Ángel Mena e Alan Minda, que praticamente anularam o erro do craque.
Coube a Álvarez, Mac Allister, Montiel e Otamendi lhe compensarem também. A Argentina segue viva.
Muito naturalmente, após fase de grupos de três vitórias, a seleção está diante do que pode ser o quarto título em três anos — também venceu a Finalíssima, em 2022.
O caminho, que passa por uma semifinal contra Venezuela ou Canadá, às 21h da próxima terça-feira (9), parece pavimentado. Ganhar da tricampeã mundial, cada vez mais embalada em sorte, hoje em dia, requer erro zero. O Equador teve essa prova e foi reprovado.