Petrobrás entra em negociações diretas com empresa que opera o estaleiro Jurong em Aracruz para construção de dois navios-plataformas

Petrobrás entra em negociações diretas com empresa que opera o estaleiro Jurong em Aracruz  para construção de dois navios-plataformas

A Petrobrás está em negociações diretas com a Seatrium (empresa formada pela fusão entre Sembcorp Marine e a Keppel Offshore) para a construção dos navios-plataformas (FPSOs) P-84 e P-85.

As embarcações serão instaladas pela Petrobrás nos campos de Atapu e Sépia, respectivamente, ambos localizados no pré-sal da Bacia de Santos. No Brasil, a Seatrium opera os estaleiros BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ) e Jurong Aracruz, em Aracruz (ES).

Segundo apuração do Petronotícias, a Petrobrás abriu conversas diretas com a Seatrium após a desistência da outra concorrente na licitação. A China Offshore Oil Engineering Corporation (COOEC) estava na disputa pelos contratos, mas se viu obrigada a abrir mão do negócio.

Pesou na decisão os problemas que a chinesa enfrentaria para o atingimento de conteúdo local, por conta dos prazos de construção de módulos das duas plataformas.

As plataformas P-84 (Atapu) e P-85 (Sépia) terão, cada uma, capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo por dia e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O início da produção previsto para 2028.

O projeto tem a previsão de redução de 30% na intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo equivalente produzido.

A redução se deve aos benefícios da configuração All Electric, de otimizações na planta de processamento para o aumento da eficiência energética e da incorporação de diversas tecnologias: zero ventilação de rotina (recuperação de gases ventilados dos tanques de carga e da planta de processamento), captação profunda de água do mar, uso de variadores de velocidade em bombas e compressores, cogeração (Waste Heat Recovery Unit), zero queima de rotina (recuperação de gases da tocha – flare fechado) e válvulas com requisitos para baixas emissões fugitivas e a captura, uso e armazenamento geológico do CO2 do gás produzido.