Quatro pessoas morreram de Doença Falciforme no ES em 2024
Nessa quarta-feira (19) é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme (DF), enfermidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2024, de janeiro a abril, quatro pacientes, todas mulheres, morreram devido a DF no Espírito Santo.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), em 2023 19 pessoas faleceram pela doença, sendo sete homens e 12 pessoas mulheres. Em 2022 foram registradas sete mortes (quatro homens e três mulheres).
A doença falciforme é de condição genética e hereditária, caracterizada pela produção anormal da hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue.
Essa alteração faz com que as hemácias, que normalmente são arredondadas, assumam a forma de foice ou meia-lua, o que dificulta a passagem pelo sistema circulatório, causando bloqueios e, consequentemente, episódios de dor intensa, conhecidos como crises álgicas.
A consequência clínica da doença falciforme é bem variável e pode apresentar forma grave, como infecções, anemias hemolíticas de microinfartos decorrentes de uma vaso-oclusão microvascular difusa, além de complicações graves como infecções e danos aos órgãos, com alterações renais, pulmonares, oftalmológicas, cardíacas e neurológicas.
Os sintomas da DF como dor crônica, infecções e icterícia, se modificam de acordo com a idade do paciente e, sobretudo, segundo os cuidados que se têm para preveni-los.
O exame que identifica a doença falciforme é o teste de hemoglobina eletroforética, também conhecido como eletroforese de hemoglobina. Este exame é capaz de detectar a presença de hemoglobina S, a forma anormal da hemoglobina associada à doença falciforme.
Além disso, a triagem neonatal, realizada com o teste do pezinho, também pode identificar a doença falciforme em recém-nascidos, permitindo um diagnóstico precoce e um tratamento imediato, por isso é tão importante que seja realizado o teste no recém-nascido.