Tanqueiros suspendem greve por 24 horas enquanto aguardam posição do Sindicato
Os trabalhadores que atuam no transporte de combustíveis no Estado suspenderam, por 24 horas, a paralisação iniciada na madrugada desta segunda-feira (31). O motivo foi a abertura de negociação por parte das empresas no início da tarde, após algumas horas do movimento. As transportadoras avaliam internamente a pauta de reivindicações, para que a entidade que as representa possa levar uma contraproposta ao sindicato dos trabalhadores.
"Suspendemos por 24 horas, mas o estado de greve continua, estamos pregando os cartazes em todos os caminhões. Se não aceitarem nossa pauta, a gente volta a parar tudo", afirma Miguel Leite, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES).
Já o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas Líquidas, Inflamáveis, Gasosas, Corrosivas, Químicas e Petroquímicas do Estado (SINDLIQES), Joceny Scheidegger Callenzane, explica que a reunião interna entre as empresas suspende temporariamente o dissídio coletivo que a entidade aventou solicitar ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). "Vamos ouvir as transportadoras e depois pedir uma agenda com o Sindirodoviários".
A pauta reivindicada pelos tanqueiros tem três pontos: reajuste de 15% nos salários e no tíquete-alimentação, pagamento do tíquete durante as férias e pagamento de R$ 5 por cada "boca" do caminhão (duas bocas) ou carreta (três bocas) por viagem. "Fizemos várias reuniões desde antes de maio, que é a nossa data-base. As empresas não atenderam nossas pautas", afirma Miguel Leite.
Segundo a diretoria da entidade, a categoria está 100% mobilizada no estado de greve. Os 30% de serviços em funcionamento, exigidos pela lei, foram cumpridos de meia-noite às 4h da manhã desta segunda-feira, explica Miguel. "Fizemos os 30% até às 4h. Depois parou tudo".