Uma morte é registrada a cada 9 horas no trânsito no Espírito Santo
O trânsito do Espírito Santo segue deixando marcas irreparáveis. A cada nove horas, uma vida é perdida nas ruas, estradas, avenidas e rodovias capixabas. Em 2024, 973 pessoas morreram em acidentes de trânsito, um aumento de 17,9% em relação a 2023. Somente em janeiro, até o dia 29, foram 45 mortes.
Em janeiro deste ano, houve um crescimento de 80% nos atropelamentos em relação ao ano anterior. Estudos indicam que 96% dos sinistros poderiam ser evitados, pois envolvem excesso de velocidade, bebida e direção e falhas na infraestrutura viária.
Do total de mortes, 51,2% foram de motociclistas, um aumento de 21,8% em relação a 2023. As vítimas fatais por atropelamento também cresceram – aumento de 26,1% em relação ao ano anterior, com 140 vítimas em 2024 e 111 em 2023.
Segundo o capitão Anthony Moraes Costa, chefe do setor de Comunicação do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), esse é um problema social cada vez mais complexo. “Os diversos atores (pedestres, condutores e ciclistas) muitas vezes negligenciam normas básicas de segurança e adotam comportamentos que potencializam os riscos”.
Distrações, imprudência e negligência são as palavras centrais quando o assunto é mortes no trânsito. “A negligência às normas sempre estará associada a fatores de risco no trânsito. Afinal, essas mesmas normas buscam pacificar e regulamentar a convivência entre veículos e pessoas”.
“Somam-se a isso as vias capixabas com erros estruturais e deficiências, que aumentam ainda mais o número de mortes”, avaliou o advogado Fábio Marçal, especialista em Direito no Trânsito.