Assembleia volta com pensamento no Tribunal de Contas e nas eleições municipais do ES
A Assembleia Legislativa retorna às atividades na próxima segunda-feira (5) e inicia 2024 em um ano a ser marcado por intensas disputas. Parlamentares estão e estarão intrinsecamente envolvidos na sucessão para conselheiro no Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCEES) e nas eleições municipais.
A prévia do clima na Casa de Leis acontecerá às 12h de segunda-feira (5), quando os deputados estaduais vão participar do almoço, realizado mensalmente, desde que Marcelo Santos (Podemos) assumiu a presidência do Poder Legislativo.
Inegavelmente, esses assuntos, com diversas camadas de tempero, vão surgir no cardápio. E poderão vir como entrada, prato principal ou sobremesa, a depender do nível de interesse e de apetite de cada parlamentar.
O tamanho do apetite é algo bem particular quanto à disputa pela vaga para conselheiro. O primeiro ponto é o de que a eleição só vai acontecer quando a Assembleia quiser, leia-se, na verdade, quando Marcelo Santos quiser. Aquele velho ditado “apressado come cru” não deixa de ser uma grande verdade em toda essa conjuntura.
É sabido que o secretário-chefe da Casa Civil, Davi Diniz, e o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Dary Pagung (PSB), estão interessadíssimos no posto a ser ocupado. Porém, é preciso alinhar os astros e chegar a um consenso, como esta coluna abordou no último dia 22. Querendo ou não, essa situação passa por Marcelo Santos, que pode ajudar a definir ou até mesmo ser o nome de unificação. Não nos esqueçamos de como foi o pleito da Mesa Diretora, no início do ano passado.
Também é preciso ficar atento a como será o andamento da Assembleia Legislativa e os limites entre os que é trabalho e o que já pode ser considerado como pré-campanha velada. E na Casa de Leis do Espírito sobram candidatos para as prefeituras. Eis uma lista por município de possíveis postulantes aos poderes municipais:
Vitória – Camila Valadão (Psol), Capitão Assumção (PL), Gandini (PSD), João Coser (PT) e Tyago Hoffmann (PSB);
Serra – Pablo Muribeca (Republicanos);
Guarapari – Zé Preto (PL, mas rumo ao Progressistas);
Aracruz – Alcântaro Filho (Republicanos);
Linhares – Lucas Scaramussa (Podemos);
Cachoeiro de Itapemirim – Allan Ferreira (Podemos) e Dr. Bruno Resende (União Brasil);
Santa Maria de Jetibá – Adilson Espindula (PDT);
Iúna – Coronel Weliton (PRD).
Como se pode perceber, há uma lista extensa, que pode diminuir ou até aumentar, dependendo dos arranjos políticos. Vale ainda ressaltar que campanhas para municípios estão aceleradíssimas desde o ano passado, especialmente nos maiores centros.
Marcelo Santos e a Mesa Diretora terão a missão de colocarem panos quentes até onde puderem para evitar que o plenário se transforme em rinha de galo. Isso é fundamental para a manutenção da cordialidade com o governo e para demonstrar que há muito trabalho sendo feito.
As eleições sem data para conselheiro do TCEES e para as prefeituras – estas em outubro – têm muito a movimentar a política capixaba. São muitos impactos de uma vez só e que podem até modificar a dinâmica do pleito para o Palácio Anchieta, em 2026. Querendo ou não, a tensão é inevitável.