Coluna Geremias Pignaton: Um Gigante em Pendanga

Coluna Geremias Pignaton: Um Gigante em Pendanga

Tinhamos esta foto em casa antes da enchente de 6 de janeiro de 2009, quando nosso acervo fotográfico quase foi totalmente destruído. Pela primeira vez desde que morávamos ali, portanto desde 1964, a enchente invadiu nossa casa, com águas chegando a mais de um metro de altura no interior. Perdemos quase todo o nosso acervo familiar histórico, documentos e fotografias. 

Papai e mamãe falaram que essa foto foi feita em Pendanga, durante uma festa da localidade, pelo fotógrafo histórico Atílio Zandomênico.

A moda da época destacava o terno de linho branco com camisa também branca e chapéu de feltro em tonalidade escura. Calça de boca bem larga, que voltaria 30 anos depois, na década de 1970, a famosa boca-de-sino que acompanhou o movimento hippie.

A compleição física também chama atenção. Meu pai era um homem de 1,82 metros de estatura. Para hoje, nem tão alto. Naquele tempo, quase um gigante. Vejam a diferença dele para os seus amigos.

Na foto só identifico papai e Orlando Furieri. Não preciso dizer quem é o meu pai. Orlando é o terceiro da esquerda para a direita.

Calculo que esta foto foi clicada na primeira metade da década de 1940. Época em que o mundo atravessava uma crise imensa, com a Segunda Guerra Mundial. Meu pai, que nasceu em 9 de fevereiro de 1921, tinha por volta de 20 anos. 

Para aqueles que não sabem o nome de papai: Jacob Pignaton.

A foto pertence ao acervo dos familiares de Orlando Furieri.