Eco 101 vai gastar até 14 anos para duplicar 70 de quase 386 quilômetros da BR-101

Eco 101 vai gastar até 14 anos para duplicar 70 de quase 386 quilômetros da BR-101

A EcoRodovias, grupo que representa a Eco 101, a concessionária que administra trecho da BR 101 no Espírito Santo, vai duplicar somente 7,7 quilômetros da rodovia em até quatro anos, prazo máximo que deve durar a transição para que uma nova empresa assuma o contrato.

A informação foi dada à Comissão Especial de Fiscalização das BRs-101, 262 e Rodovia do Sol, da Assembleia Legislativa por Roberto Amorim Junior, diretor-superintendente da EcoRodovias.

Caso isso se confirme, a Eco-101 terá duplicado apenas 70 quilômetros, no prazo de até 14 anos, quando a previsão inicial do contrato, que foi deixado pela empresa no ano passado, era de que seriam duplicados 385,9 dos 475,9 quilômetros de vias.

No dia 15 de julho de 2022, a Eco101 solicitou, junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a finalização amigável do contrato de concessão, iniciado em 2013 e previsto para terminar em 2038. No início de dezembro, a ANTT aceitou a rescisão contratual.

Roberto Amorim Júnior apresentou aos deputados a proposta que está em discussão para as atividades de transição da devolução da concessão da rodovia BR-101 até 2025, depois do encerramento do contrato. Fez também apresentação das obras recentemente realizadas e aquelas em andamento.

Segundo ele, a empresa executa “uma das menores tarifas do País, e que está adequada às entregas realizadas pela concessionária”. Motoristas de moto pagam R$ 2,45 e os de automóveis têm tarifa de R$ 4,90, na praça de São Mateus, no Norte do Estado.

O representante da concessionária frisou que a Eco 101 atravessa 25 municípios capixabas e passa por cinco portos marítimos. Há obras de recuperação de pavimento e mais uma passarela em construção.

Amorim Júnior garantiu que nesse período de transição os equipamentos de apoio, como ambulâncias e guinchos, não serão retirados. Ele disse que é um serviço que tem sido bem avaliado e a intenção é de, no mínimo, manter o que está em operação.

Ele relatou que no período de concessão foram realizadas restaurações de postos de pedágios, cumpridos 62 quilômetros de trechos duplicados, construídos nove viadutos, 19 passarelas e reformadas sete praças de pedágios. A Eco101 assumiu os radares do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e, atualmente, são 114 radares fixos em operação, além de 10 radares móveis.

Em nota, a Eco101 informou os motivos que levaram à desistência da concessão. “A complexidade do contrato, marcado por fatores como dificuldades para obtenção do licenciamento ambiental e financiamentos; demora nos processos de desapropriações e desocupações; decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de alterar o contrato de concessão; não pedagiamento da BR-116; não conclusão do Contorno do Mestre Álvaro e o agravamento do cenário econômico tornaram a continuidade do contrato inviável”, apontou.