Análise de celulares leva à prisão de 37 pessoas ligadas a organização criminosa no Norte do ES

A análise de dados em celulares de suspeitos resultou na prisão de 37 pessoas envolvidas com uma organização criminosa que atua na região Norte do Espírito Santo. Das prisões, 17 ocorreram durante a fase de investigação, 18 na última quarta-feira (11) e outras duas posteriormente. As investigações começaram em 2024.
De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), a ação é resultado do uso de tecnologia no combate à criminalidade no estado, aliado à capacidade de apuração e análise da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES). As informações obtidas permitiram à PCES mapear a rede de comunicações e conexões entre os suspeitos de integrarem o grupo criminoso.
Segundo a corporação, 36 pessoas foram presas na Operação “Bandido Não Se Cria”, deflagrada na região Norte, e dois suspeitos foram identificados com o apoio técnico dos peritos do Departamento de Perícia em Eletrônicos (DEPE), da PCIES, responsáveis pela análise dos dados.
Em agosto de 2024, a Delegacia de Polícia (DP) de Rio Bananal encaminhou à DEPE um telefone celular para que fossem extraídos e analisados os dados do aparelho. O objetivo era verificar se o proprietário do dispositivo estava envolvido com o tráfico de drogas.
De acordo com a polícia, o laudo pericial analisou 32 gigabytes de arquivos contidos no celular, o que permitiu o avanço das investigações. Posteriormente, outros dois aparelhos foram encaminhados à DEPE e também periciados. Os laudos foram anexados ao inquérito conduzido pela DP de Rio Bananal.
Ao todo, a perícia extraiu 54 gigabytes de dados dos três celulares, utilizando técnicas forenses avançadas. As informações extraídas subsidiaram a prisão de 37 pessoas, sendo 17 durante as investigações, 18 na quarta-feira (11) e outras duas posteriormente.
O perito-geral oficial, Carlos Alberto Dalcin, destacou que o resultado é fruto de um trabalho pericial eficiente. “A atuação pericial, realizada por profissionais especializados, assegura a integridade das informações e o respeito aos protocolos legais vigentes, fortalecendo a investigação e demonstrando a importância do suporte técnico especializado em operações complexas. O trabalho da Polícia Científica oferece segurança jurídica e garante a produção de provas robustas que embasam o processo penal”, afirmou.