Estudo sobre contaminação por microplásticos deve chegar ao estuário de Aracruz e outras cidades do ES
Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sobre contaminação por microplásticos em estuários brasileiros, deve chegar ao Espírito Santo, segundo informações do jornal Folha de São Paulo.
Estuários são corpos costeiros, a zona de transição entre o rio e o mar. O Espírito Santo tem seis municípios localizados em regiões estuarinas, costeiras e marinhas: Conceição da Barra e São Mateus, ao norte da foz do Rio Doce; Fundão, Serra e Aracruz, ao sul da foz do Rio Doce, e Linhares, onde se encontra a foz e a principal porção do estuário do Rio Doce, atingido pela lama do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.
Além do Espírito Santo, devem ser estudados os estuários do Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
No estudo, do doutorando no Instituto do Mar (IMar-Unifesp), Victor Vasques Ribeiro, foram comparados dados internacionais, publicados anteriormente em mais de 100 estudos de 40 países, com amostras de ostras e mexilhões coletados durante o mês de julho de 2021.
O resultado, publicado na revista Science of the Total Environment, é que o estuário de Santos, no litoral paulista, é um dos locais mais contaminados por microplásticos do mundo, atualmente. Na pesquisa, foram avaliadas a região da balsa Santos-Guarujá, a praia do Góes e a ilha das Palmas.
A área de balsas foi o ponto com maior nível de contaminação. Os animais avaliados apresentaram o pior estado nutricional e de saúde, com uma média que variou entre 12 e 16 partículas plásticas por grama de tecido.