Petrobras deve manter venda de campos de petróleo no Norte do ES
Após receber parecer do Ministério de Minas e Energia solicitando a suspensão do processo de venda de todos os ativos por 90 dias, inclusive no Espírito Santo, a Petrobras deve manter os contratos de venda já assinados.
A estatal informou, em nota que, após estudos preliminares sobre os processos de desinvestimentos, não verificou “fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos.”
A avaliação foi feita pela diretoria executiva da companhia e enviada ao Conselho de Administração, que ainda precisa dar um parecer sobre a análise.
A Petrobras destacou ainda que “os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise.”
No início deste mês, o governo federal havia solicitado à petroleira que suspendesse processos de vendas de todos os ativos pelos três meses seguintes. A medida pegou muitos de surpresa, considerando que alguns processos já estavam em estágio adiantado, como é o caso do Polo Norte Capixaba, comprado Seacrest.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, disse ter recebido informações da Petrobras de que seriam mantidos os contratos de poços em terra no Norte do Estado.
“Uma boa notícia para todos nós que estamos envolvidos e trabalhando para desenvolver o Espírito Santo”, destacou Ricardo Ferraço, relembrando que, há algumas semanas, ele e o governador Renato Casagrande estiveram na sede da Petrobras, em Vitória, “para dar o testemunho de quanto tem sido importante a privatização que foi feita no Polo Norte Capixaba, a exploração de petróleo em terra.”
A informação é recebida com ânimo pelo governo e, segundo Ferraço, a expectativa é de que, com a reativação desses empreendimentos, seja possível produzir até 30 mil barris de óleo por dia no Polo Norte Capixaba, gerando mais empregos e oportunidades para a população do Estado.