Uma morte a cada cinco dias por acidente de trabalho no ES
O Dia do Trabalhador, neste 1º de maio, relembra avanços obtidos no Brasil. A existência da CLT e demais legislações dão segurança para o exercício laboral. Mas existem muitas questões que necessitam de melhorias. No ano passado, o Espírito Santo teve média de uma morte por acidente de trabalho a cada cinco dias.
Ao todo, foram 68 pessoas que perderam suas vidas por estarem no ambiente de trabalho, de acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social. Os números, em 2022, também são elevados quanto aos acidentes de trabalho: 12.851, o que equivale a 35 a cada 24 horas.
Para complicar, estima-se que no Espírito Santo 1.585 acidentes de trabalho foram subnotificados, havendo supressão dos direitos trabalhistas e benefícios previstos por esse tipo de situação.
Os dois municípios líderes em acidentes de trabalho no Estado estão entre os 50 com mais casos no Brasil. São Serra, 34º no ranking nacional, com 2.516 ocorrências, e Vitória, 39º, com 2.257 incidentes.
De um modo geral, é preciso que as autoridades, dos mais diferentes poderes, tenham atenção sobre o assunto. Inúmeros trabalhadores acabam tendo sequelas permanentes após os acidentes e terão de batalhar por tutelas para serem assistidos pelas gestões.
A garantia de um ambiente de trabalho seguro é o mínimo a ser oferecido pelo empregador. Questões tóxicas também acompanham as problemáticas, como assédios morais, muito presentes na política, como um todo. Trabalhar não precisa ser efetivamente a pior coisa a ser feita na vida, como brincou Zeca Pagodinho. Mas há quem queira, por razões maquiavélicas, transformar o labor nisso.
Há diversos obstáculos a serem superados neste 1º de maio. Avanços foram conquistados, mas tudo pode ser aprimorado. Que esta folga sirva para que empregadores e empregados reflitam sobre seus papéis, direitos e deveres.
Ânimos quentes
Ainda sobre relações de trabalho, haverá muita reclamação pela frente dos servidores estaduais quanto ao novo valor proposto do auxílio alimentação. Rodadas de negociação deverão acontecer mais vezes. Pela proposta do governo, o valor iria de R$ 300 para R$ 550.
Polêmica
Um dos entraves, segundo interlocutores, foi a recente aprovação do auxílio para os deputados estaduais. Apesar de a Assembleia Legislativa ter um orçamento completamente diferente do governo estadual, o fato serviu como estopim para a reivindicação de melhores valores.